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domingo, 6 de novembro de 2011

HERPES



HERPES SIMPLEX (Simples)
Nome popular:
"Herpes, beijo de aranha, mijada de aranha.".
O que é?
É uma doença infecciosa muito contagiosa, recorrente, geralmente benigna, causada por dois vírus da família dos Herpesviridae [Herpes simplex vírus 1 (HSV-1) e Herpes simplex vírus 2 (HSV-2)].É característica destes vírus infectar algumas células de forma lítica causando lesão (com destruição da célula) como nos epitélios (células da pele e das mucosas) e outras de forma latente (sem atividade destrutiva) como em neurônios (células do sistema nervoso) de onde são reativados (por fatores vários como exposição ao sol, febre, período menstrual, traumatismo, stress, uso de determinados medicamentos ou situações de redução da resistência física) voltando a infectar de forma lítica as células sensíveis causando nova doença. Os intervalos das recaídas são de espaçamento variado, acredita-se que estes vírus permaneçam em nosso organismo por toda a vida.
Como se adquire?
A transmissão do vírus se faz preferentemente por contato direto pessoa – pessoa, mesmo que não haja lesão ativa. A infecção através de objetos pode existir, mas é menos comum. O tempo que medeia entre o contato e os sintomas iniciais (período de incubação) é estimado em duas semanas. Em torno de 90% das pessoas tiveram ou terão contato com o HSV-1 e cerca de 20% com o HSV-2.
Na maioria dos casos o HSV-1 provoca lesões ao redor da boca (herpes labial, gengivoestomatite, faringite herpética), o HSV-2 provoca lesões genitais (uretra, vulva, pênis, vagina, etc.).As infecções primárias pelo HSV-1 são doenças primariamente de crianças, as infecções pelo HSV-2 são transmitidas principalmente por contato sexual tendo predomidância entre os adultos.
O que se sente?
Considerável parte das pessoas que estão transmitindo os vírus dos herpes não apresenta sintomas tanto nas doenças pelo HSV – 1 como no HSV-2, mesmo a primeira infecção pode transcorrer sem queixas. As pessoas que apresentam sintomas sistêmicos (sintomas além dos localizados) podem se queixar de mal estar, febre e desconforto ou queixas vagas de pequena intensidade. Nas localizações bem definidas as manifestações podem ser bem características.
 
Gengivoestomatite. Febre alta, múltiplas feridas na boca, língua, faringe, intensa reação inflamatória da gengiva e aumento dos gânglios do pescoço. Nos adolescentes e crianças maiores predominam as úlceras faríngeas.
Genital. Feridas penianas, vulvares, vaginais, perianais, com ou sem comprometimento uretral que Existindo pode ocasionar desconforto ao urinar. O diagnóstico de herpes genital em criança faz pensar em abuso sexual

Encefalite. Mesmo fora do período neonatal a reativação dos HSV-1 ou 2 pode causar lesões neurológicas importantes com quadro semelhante ao das outras infecções virais.
Neonatal. Os casos de infecção neonatal podem ser adquiridos tanto por infecção ascendente durante a gravidez como por contaminação durante o parto. As doenças neonatais quando generalizadas são muito graves. É importante considerar a necessidade de realizar o nascimento por cesariana em todos os casos de herpes genital.
Como o médico faz o diagnóstico?
Nos casos típicos é suficiente o exame clínico. Em situações especiais pode ser necessário a identificação do vírus ou ser bastante o exame citológico da lesão ou mesmo a comprovação laboratorial de outros órgãos atingidos.
Como se previne?
Evitar o contato com lesões evidentes. Identificar as causas que desencadeiam os surtos recorrentes para evitá-los incluindo a indicação de cesariana para mulheres com herpes genital. O uso protetor solar reduz a incidência de herpes relacionado à exposição solar.

Os seguintes cuidados devem ser tomados durante um surto de herpes: 
  • o tratamento deve ser iniciado tão logo comecem os primeiros sintomas, assim o surto deverá ser de menor intensidade e duração;
  • evite furar as vesículas;
  • evite beijar ou falar muito próximo de outras pessoas, principalmente de crianças se a localização for labial;
  • evite relações sexuais se for de localização genital;
  • lave sempre bem as mãos após manipular as feridas pois a virose pode ser transmitida para outros locais de seu próprio corpo, especialmente as mucosas oculares, bucal e genital.
O tratamento deve ser orientado pelo seu médico dermatologista. É ele quem pode determinar os medicamentos mais indicados para o seu caso que, dependendo da intensidade, podem ser de uso local (na forma de cremes ou soluções) ou de uso via oral, na forma de comprimidos.
Quando as recidivas do herpes forem muito frequentes, a imunidade deve ser estimulada para combater o vírus. Os fenômenos desencadeantes devem ser evitados, procurando-se levar uma vida o mais saudável possível. 
A eficácia das vacinas contra o herpes são muito discutidas, mostrando bons resultados em alguns pacientes mas nenhum resultado em outros.
Colaboração: Dr. Roberto Barbosa Lima - Dermatologista
retirado da net

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